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sábado, 28 de novembro de 2015

A Bíblia é a medida da Verdade

“À lei e ao testemunho! Se eles não falarem segundo esta palavra, é porque não há luz neles.” 
– Isaías 8:20

“Procure na Palavra de Deus e leia! Examinai as Escrituras, porque nelas cuidais vós ter a vida eterna e são elas que dão testemunho de mim!” Foi o que Cristo disse! Esta – ou parece provável que se torne – é a idade da pregação, ao invés de a idade de oração. Vemos em todos os lugares grandes congregações assembleias em salões e abadias para ouvir a Palavra pregada. E é um mau sinal dos tempos que esses sermões agora não são somente defendidos pelos ortodoxos, mas, mesmo por aqueles a quem nós consideramos ser pelo menos um tanto heréticos da antiga fé da Igreja Protestante.


Estamos agora infelizmente tão bem misturados mutuamente! O dissidente e o clérigo se tornaram agora tão unidos uns com os outros que temos menos a temer os efeitos do dogmatismo do que os efeitos da unidade à custa da Verdade e da tolerância com o erro.
E qual é o melhor conselho que o ministro pode dar em tempos como estes? Para que livro deve ele encomendar seus ouvintes?? Onde está a âncora que ele deve dar-lhes para lançar nas rochas? Ou onde estão as rochas em que deve lançar sua âncora? Nosso texto é uma solução para essa questão. Estamos aqui equipados com uma grande resposta para a pergunta – ‘À lei e ao testemunho. Se eles não falarem segundo esta palavra, é porque não há luz neles’”.



[...] não devemos ser alimentados com doutrinas como fomos alimentados em nossa infância indefesa, com comida escolhida para nós. Afirmamos que devemos ter o direito de JULGAR se as coisas que temos recebido e ouvido são de acordo com este Livro Sagrado. E se descobrirmos que em nada a nossa formação tem sido errônea, não consideremos que estamos violando qualquer princípio de afeto se ousarmos vir diante de nossas famílias e participarmos de uma denominação que sustenta princípios muito diferentes daqueles que nossos pais haviam defendido! Uma grande maioria de vocês conhece apenas muito pouco sobre o que é Evangelho. A noção geral das massas é que somos, cada um de nós, corretos – e que, apesar de que hoje eu possa contradizer alguém e outra pessoa possa me contradizer – ainda todos nós estamos certos! E embora seja traição ao senso comum acreditar em tal coisa, todavia isso é uma ideia comum em nossa sociedade! O cristão que passou de sua meninice não se preocupa com a forma como o homem diz. É com a coisa que é dita que ele se importa. Tudo o que ele pergunta é: ‘Será que ele fala a verdade? Ele só se apodera do essencial. Para ele, a palha não é nada e menos ainda o joio. Ele não se importa com a decoração da festa, nem como o requintado acabamento do prato. Ele só se preocupa com o que é alimento sólido para si mesmo.

Não é o que eu digo, mas o que o meu Deus diz 
que é exigido que você receba!

Ponho-me e coloco todos os meus Irmãos na peneira. Lança-nos cada um no fogo. Coloque-nos no cadinho da Verdade. E o que não está de acordo com a Palavra de Deus deve ser consumido como escória!



Charles Haddon Spurgeon

Perguntas Norteadoras

  • Posso julgar o ensinamento de outras pessoas? (1 Ts 5: 19- 22)
  • Que método devo utilizar para pesar a verdade nas palavras de outras pessoas? (Isaías 8:20)
  • Por que as pessoas acreditam em mentiras absurdas? (2 Ts 2: 12)
  • É correto receber outro ensinamento doutrinário além daquele revelado no Testemunho das Escrituras? (Gl 1: 8)
AMÉM

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

PECADOS DO INTELECTO

Após pegar um ônibus da Cidade Cinza, uma sombra que já fora um homem erudito trava o seguinte diálogo com um espírito resplandecente.


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- “Você acha que não existem pecados do intelecto?” disse  espírito

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- “Claro que sim, Dico. Existem os preconceitos, a desonestidade intelectual, a timidez e a estagnação. Mas as opiniões sinceras, seguidas sem medo, isso não é pecado!”

- “Sei que falávamos assim antes. Eu tinha a mesma opinião até perto do fim da minha vida quando me tornei o que você chama de bitolado. Tudo depende do fato do que sejam opiniões sinceras.

- “As minhas certamente eram. Elas não só eram sinceras como heroicas. Eu as confirmava sem medo. Quando a doutrina da ressurreição deixou de fazer sentido às faculdades críticas que me foram concedidas por Deus, eu a rejeitei abertamente. Preguei meu famoso sermão. Desafiei todo o cabido. Aceitei todos os riscos.”

- “Que riscos? O que resultaria disso tudo a não ser o que realmente aconteceu com você: popularidade, seus livros transformados em ‘best- sellers’, convites, e afinal um bispado?”

- “Dico, isso não é digno de você. O que está sugerindo?”

- “Amigo, não faço qualquer sugestão. Veja, EU AGORA SEI. Vamos ser francos. Nossas opiniões não vieram de maneira honesta. Nós simplesmente entramos em contato com uma certa corrente de ideias e mergulhamos nela por ser moderna e estar tendo sucesso. Na faculdade, como sabe, começamos automaticamente a escrever o tipo de trabalho que alcançava boas notas e a dizer a espécie de coisas que arrancavam aplausos. Quando, em toda a nossa vida enfrentamos sinceramente, a sós, a única pergunta para a qual tudo se voltava: se, no final das contas, o sobrenatural não poderia de fato ocorrer? Quando resistimos sequer por um momento à perda de nossa fé?! ✞ † [...] Isso é claro. Deixando-nos arrastar, sem resistência, sem orar, aceitando toda solicitação quase inconsciente de nossos desejos [...] As crenças são sinceras no sentido de ocorrerem como acontecimentos psicológicos na mente do homem. Se é isso que você julga ser sinceridade, elas são sinceras, e também as nossas o foram. Mas os erros sinceros nesse sentido não são inocentes. Venha comigo.” 

- “Bem, essa é uma ideia. Estou perfeitamente disposto a considerá-la. Naturalmente precisarei de algumas garantias... Quero ter a certeza de que me levará a um lugar ande encontrarei uma esfera mais ampla de utilidade — e campo para os talentos que Deus me concedeu — assim como uma atmosfera de livre pesquisa — em resumo, tudo o que consideramos civilização.”

- “Não”, respondeu o outro. “Não posso prometer nada disso. Não haverá esfera de utilidade: você não é absolutamente necessário ali. Nenhum campo para os seus talentos: somente perdão por tê- los pervertido. Nenhum ambiente favorável à livre pesquisa, pois vou levá-lo ao país das respostas e não das perguntas, e você verá a face de Deus.”  [...] 

- “Veja bem. Não percebo em mim qualquer sede por uma verdade já pronta que põe um fim à atividade intelectual da forma que você está descrevendo. Será que terei liberdade de mente, Dico? Devo insistir nisso, você sabe.”

- “Você já foi criança. Você já soube o propósito da pesquisa e do questionamento. Houve tempo em que você fazia perguntas porque queria respostas, e ficava alegre quando de súbito as encontrava. 
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Volte a ser de novo essa criança, mesmo agora...”

(O GRANDE ABISMO; C. S. Lewis)